Corinthians paga por problema crônico nos times de Cristóvão Borges
O blogueiro se obriga a ser repetitivo sobre o Corinthians de Cristóvão Borges. Ou melhor, praticamente todas as equipes do treinador, exceto o Vasco. Porque no período sabático de estudos o técnico sedimentou uma ideia de jogo.
Só não consegue evoluir por um problema crônico e grave, já ressaltado neste espaço: optar por jogar com linhas adiantadas, mas sem pressionar o adversário que está com a bola (leia mais AQUI).
Na derrota por 2 a 0 para a Ponte Preta em Campinas, novamente o Corinthians pagou. Logo aos 18 minutos. Lançamento de Thiago Galhardo, com Cristian marcando à distância, para Roger às costas da defesa, Balbuena tenta evitar a conclusão, faz falta e é expulso. É possível questionar o rigor do árbitro Luiz Flávio de Oliveira, mas não a falha defensiva. Ali acabou a disputa.

Flagrante do início da jogada que terminou na expulsão de Balbuena que praticamente encaminhou a vitória da Ponte: Thiago Galhardo não é pressionado por Cristian e tem espaço e tempo para acionar Roger às costas de Yago. O zagueiro paraguaio, que não aprece na imagem, já chega vendido e faz falta, punida com o cartão vermelho (reprodução Premiere).
Os gols de Roger e Clayson, um em cada tempo, foram meras formalidades. A Ponte de Eduardo Baptista – bem treinada, com setores coordenadas e rápida na saída para o ataque – confirma o momento de alta: quatro jogos seguidos, seis em casa sem derrota. Incluindo o empate com o Atlético Mineiro pela Copa do Brasil.
Absoluta no Moisés Lucarelli, com 58% de posse, 14 finalizações contra duas. O mesmo número de desarmes certos, o dobro dos visitantes. Triunfo construído com naturalidade.
Porque faltou pressão na bola do rival. Como atenuante, mas não desculpa, para Cristóvão, a constatação de que há toda uma cultura futebolística no Brasil que prejudica essa prática, que requer humildade e senso coletivo.
Desde a base, o jogador é ensinado a não sair para o bote. Recomendação útil para os defensores na última linha, mas que se espalhou por todo o campo com as perseguições individuais. Afinal, um drible acarreta o efeito dominó que vai estourar no zagueiro da sobra. Sem contar a humilhação de quem é driblado.
Por isso o hábito de cercar ou recuar e não aceitar ser driblado para um colega recuperar a bola na cobertura. É esta a essência da compactação: um movimento coletivo. Como um time. Difícil de conscientizar no país das individualidades. Ainda.
O Corinthians sofre e deve sair do G-4. Momento para Cristóvão refletir se vale a pena continuar tentando ser contracultura na roda viva do futebol brasileiro ou optar pelo simples e resgatar princípios de jogo de Tite, apostando num posicionamento defensivo mais cuidadoso.
Já sabemos o que significa persistir no erro.
(Estatísticas: Footstats)
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