hernanes – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Tempo é o grande “reforço” do São Paulo de Fernando Diniz para 2020 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/01/13/tempo-e-o-grande-reforco-do-sao-paulo-de-fernando-diniz-para-2020/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2020/01/13/tempo-e-o-grande-reforco-do-sao-paulo-de-fernando-diniz-para-2020/#respond Mon, 13 Jan 2020 11:11:11 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7824

Foto: Rubens Chiri / saopaulofc.net

A vitória por 2 a 1 sobre o Internacional no Morumbi pela penúltima rodada do Brasileiro garantiu o São Paulo na sexta colocação e a última vaga direta na fase de grupos da Libertadores 2020. Feito comemorado com empolgação por jogadores e dirigentes. Exagero para um gigante tricampeão sul-americano, mas o contexto ajuda a explicar.

2019 começou com Flórida Cup e disputa das fases classificatórias para o torneio continental. Eliminação para o Talleres na segunda etapa e, em fevereiro, o São Paulo já estava em crise e sem treinador, após a saída de André Jardine. Era importante não ficar de fora da Libertadores, mas de preferência fugindo do evento traumático e que sempre compromete qualquer planejamento pela obrigação de queimar etapas na preparação.

Pode ajudar muito uma equipe que ganhou reforços e trocou de treinador durante a principal competição nacional e Fernando Diniz, o atual responsável pelo comando técnico, encarou uma sequência de jogos desde a estreia com a retranca que foi obrigado a fazer para conter o então líder Flamengo no Maracanã no empate sem gols. Um returno insano, com jogos de quatro em quatro dias na média e sem tempo para treinamentos.

Agora há pré-temporada, base montada e técnico mantido. Só não há paz, em um clube sempre enfiado em turbulências políticas. A mudança da data de reapresentação do dia seis para oito gerou protestos contra um grupo, ou parte dos jogadores, que carrega a fama de preguiçoso, acomodado. Objetivamente não muda nada e pode ser usado como combustível.

Para a mudança tão desejada pelos tricolores. Um time consistente, trabalhando com conceitos atuais, mas também brilho nos olhos para tirar o São Paulo deste “limbo” em que se enfiou. Sem títulos desde a Sul-Americana de 2012, mas também sem um “fundo do poço” – como o rebaixamento, por exemplo – para virar tudo do avesso. Tudo muito morno.

Melhor seria contar com todos os atletas na preparação, mas a seleção pré-olímpica, comandada por André Jardine, levou Antony, Igor Gomes e Walce, que sofreu lesão grave no joelho e deve ficar oito meses sem jogar. Ainda assim, é possível encontrar, enfim, o melhor posicionamento para Daniel Alves  – este blogueiro segue acreditando que o jogador multicampeão deve ser um “oito” com a camisa dez – e completar a adaptação de Juanfran ao futebol brasileiro.

Também recuperar o melhor desempenho de Pablo e fazer Hernanes e Alexandre Pato contribuírem mais coletivamente. Ainda equilibrar juventude e experiência afirmando jogadores como Helinho e Shaylon e aproveitando os jovens das divisões de base. Por fim, o próprio Diniz amadurecendo as ideias e consolidando uma proposta de jogo dentro do que o treinador acredita, mas adicionando intensidade e competitividade que vêm faltando em seus trabalhos na Série A. A insistência nos primeiros treinos para o time reagir rápido e ser agressivo após a perda da bola para tentar recuperá-la é um bom começo.

A grande contratação até aqui foi a aquisição definitiva do goleiro Tiago Volpi. Nada excepcional, mas ao menos resolve um problema na meta desde a aposentadoria de Rogério Ceni. O principal “reforço” são-paulino, porém, é o tempo. Diante de tantas urgências, especialmente da torcida, a paciência pode ser a maior aliada do clube na temporada.

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Virada do São Paulo na persistência de uma ideia. Alerta para o Santos http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/10/virada-do-sao-paulo-na-persistencia-de-uma-ideia-alerta-para-o-santos/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/10/virada-do-sao-paulo-na-persistencia-de-uma-ideia-alerta-para-o-santos/#respond Sat, 10 Aug 2019 22:11:32 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7018 A ideia de Cuca para o “San-São” no Morumbi ficou clara desde o primeiro minuto: intensidade, pressão na marcação adiantada e transição ofensiva rápida para deixar o Santos desconfortável na saída de bola. Também a força na bola parada, que já poderia ter dado certo no primeiro tempo em cabeçada perigosa de Raniel.

Como sempre, os encaixes do treinador para negar espaços, especialmente no meio-campo: Everton apertando Diego Pituca, Tche Tche contra Felipe Jonathan, Luan sobre Sánchez. Mais Toró pela direita voltando com Jorge e Pato ficando com Lucas Veríssimo, zagueiro atuando como lateral em uma linha de quatro a partir da leitura de que o tricolor não enfiaria uma dupla de atacantes.

O mérito da equipe de Jorge Sampaoli no primeiro tempo foi não perder a calma e ir se aprumando no jogo. Deixando Derlis González, Eduardo Sasha e Soteldo na frente prontos para os contragolpes e aos poucos desmontando os encaixes de Cuca. Especialmente de Jonathan às costas de Tche Tche em duas finalizações.

Até Pituca ganhar confiança para se adiantar, descolar da perseguição de Everton e chutar com categoria na trave. No rebote, o gol de Sasha no final do primeiro tempo. O sétimo do artilheiro santista no Brasileiro. A terceira finalização no alvo das sete em 45 minutos. O São Paulo acertou apenas uma na direção de Everson em nove.

Na volta do intervalo, a mesma proposta tricolor, mas com Hernanes na vaga de Luan. Até porque foram duas semanas de trabalho pensando apenas no confronto com o líder. Faltava a precisão na finalização. Até a bola parada funcionar. Primeiro com Pato empatando ao completar desvio em cobrança de escanteio. Depois no pênalti com Aguilar desviando a bola com o braço, também no tiro de canto. Reinaldo converteu e o São Paulo virava em 11 minutos.

O Santos murchou. Deu a impressão de voltar desconcentrado para a segunda etapa e pagou caro com a eficiência do oponente. Em mais um vacilo de Aguilar, o terceiro gol em contragolpe para consagrar Pato. Personagem do clássico, não por uma grande atuação, mas pela entrega acima da média do atacante. A fibra era parte importante do plano de jogo para trazer a torcida junto. O “abafa” obrigou o Santos a apelar 29 vezes para os lançamentos e 37 para rebatidas.

Ainda assim, com Marinho, Jean Mota e Evandro nas vagas de Derlis, Felipe Jonathan e Sánchez, o Santos seguiu atacando e diminuiu com um inusitado gol contra de Raniel. Com Hudson na vaga de Hernanes, que se lesionou depois de apenas 15 minutos em campo, e depois Vitor Bueno no lugar de Pato, ovacionado pela torcida, o São Paulo segurou o resultado com firmeza de propósito.

A persistência foi a grande virtude do time que parou o líder, que estava invicto há oito jogos. Encerrando jejum de vitórias em clássicos que já durava um ano. Terceira vitória consecutiva na competição. Difícil fazer qualquer associação a uma mudança de clima pelas contratações de Daniel Alves e Juanfran. Mas a força mental em jogo tão importante é animadora.

O revés deve servir de alerta para o Santos. Com a liderança, o foco e a resistência dos adversários serão maiores. A margem de erro precisa ser menor e a concentração alta, até pela dedicação total ao Brasileiro. Onze minutos de desatenção nas bolas paradas foram fatais.

(Estatísticas: Footstats)

 

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Por que Daniel Alves no São Paulo precisa ser um “oito” com a camisa dez http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/02/por-que-daniel-alves-no-sao-paulo-precisa-ser-um-oito-com-a-camisa-dez/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/08/02/por-que-daniel-alves-no-sao-paulo-precisa-ser-um-oito-com-a-camisa-dez/#respond Fri, 02 Aug 2019 10:41:37 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6983

Imagem: Divulgação

Daniel Alves é a maior contratação do futebol brasileiro em 2019 pelo que representa. A carreira vencedora na Europa não só pelo protagonismo em um Barcelona histórico, mas também por boas passagens por Juventus e PSG, sem contar o início bem sucedido no Sevilla. Ainda tinha mercado no exterior, mas aceitou voltar ao Brasil.

Retorna para o desafio de voltar a fazer o time de coração vencedor. Assim como encarou a missão na Juventus e PSG de conquistar a Liga dos Campeões. Falhou, mas a mentalidade vencedora pode contribuir muito no nosso futebol, mesmo aos 36 anos. E voltar a uma equipe disputando apenas o Brasileiro pode ser positivo por não estar no olho do furacão, com dois jogos por semana e já envolvido em disputas eliminatórias com enorme pressão e urgência na readaptação ao nosso jogo.

Parece claro, porém, que o melhor aproveitamento em campo no Brasil é no meio-campo. Pela inteligência, leitura de jogo e de espaços e técnica apurada nos passes. Recebe a camisa dez, mas pode ser um “oito” diferente à disposição de Cuca. Como foi no PSG em alguns momentos da temporada, até pela carência no elenco desequilibrado do abastado clube francês.

É óbvio que também pode contribuir na lateral, como fez recentemente na seleção brasileira durante a Copa América e foi o melhor jogador do torneio. É um dos melhores e maiores da história na posição. Ainda que tenha formação de ala e eventualmente falhe em suas atribuições defensivas, Daniel Alves pode compor uma linha de quatro com bom posicionamento e qualificando a saída de bola. Até pela carência do São Paulo na posição desde a partida de Éder Militão para o Porto.

Mas seria um enorme desperdício. Daniel Alves no Brasil é jogador para arrumar time, mudar de patamar. Também resgatar uma tradição do clube com grandes armadores: Gerson, Pedro Rocha, Pita, Toninho Cerezo… Precisa ocupar uma zona do campo em que participe mais e toque na bola com frequência. Ditando o ritmo, inclusive. Na intensidade proposta por Cuca é uma solução até para os momentos em que uma pausa é necessária. Ou seja, pode cumprir a função que Hernanes não vem conseguindo.

Dani Alves pode contribuir também com a evolução do jovem Igor Vinicius na lateral direita. Com orientações, passando experiência e confiança em campo, procurando o setor para dar apoio e opção de passes mais simples para, na sequência, aproveitar a explosão que o veterano já não tem mais para explorar o corredor.

Se Cuca for ousado pode testar a nova contratação em uma função de “regista”: à frente da defesa como o armador da equipe mais recuado. Com passes curtos, longos e inversões de lado. Também mais espaço em uma zona menos pressionada. Questão de acertar a colaboração de Tche Tche e dos companheiros sem a bola.

O certo é que o espírito e o otimismo de Dani podem ajudar muito o clube que vem pecando nas últimas temporadas pela postura um tanto morna, às vezes até conformada com o status atual de coadjuvante no futebol paulista e brasileiro. Agora será obrigado a pensar grande com o jogador mais vencedor da história: 40 títulos, em clubes e na seleção. Dezoito desde o último são-paulino, a Copa Sul-Americana de 2012.

Um currículo invejável de novo em nossos campos. Ótima notícia. Agora é conferir se haverá a química que o São Paulo precisa para voltar a vencer. Com Daniel Alves, de preferência no meio-campo, as chances aumentam consideravelmente.

 

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A aula de compactação do Bahia de Roger Machado que matou o São Paulo http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/05/30/a-aula-de-compactacao-do-bahia-de-roger-machado-que-matou-o-sao-paulo/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/05/30/a-aula-de-compactacao-do-bahia-de-roger-machado-que-matou-o-sao-paulo/#respond Thu, 30 May 2019 11:22:24 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6614

No contragolpe que decidiu o jogo na Arena Fonte Nova e a classificação do Bahia para as quartas de final da Copa do Brasil, Artur disparou contra a defesa exposta do São Paulo e serviu Ernando. Zagueiro que apareceu na frente para tocar na saída de Tiago Volpi.

O defensor finalizando como centroavante foi a consequência do grande mérito do time de Roger Machado nos 180 minutos das oitavas do mata-mata nacional: a compactação. Para atacar e defender, na execução do 4-1-4-1. As linhas ficavam tão próximas que a distância entre Ernando e Gilberto, a referência no ataque, era de, no máximo, 30 metros.

A destacar o trabalho dos ponteiros: Artur e Elber jogaram de uma linha de fundo à outra com inteligência, bom posicionamento e intensidade. Em vários momentos recuando como laterais e formando uma barreira de seis jogadores protegendo a meta do goleiro Douglas Friedrich. Permitindo que Nino Paraíba e Moisés ficassem mais próximos de Ernando e Lucas Fonseca estreitando a marcação por dentro e impedindo as infiltrações são-paulinas pelo “funil”.

Elber cansou e deu lugar a Arhur Caike. Artur, ex-Londrina e Palmeiras, suportou o ritmo jogando de área a área durante os noventa minutos. Com o terceiro passe para gol é um dos líderes de assistências no torneio. Foi o melhor em campo na Fonte Nova.

Bahia posicionado no 4-1-4-1, mas com os ponteiros Artur e Elber voltando quase na linha de defesa para estreitar a marcação por dentro e também negar amplitude ao São Paulo. Gilberto, o atacante de referência, voltava até o campo de defesa para garantir a compactação, mas sem abrir mão de jogar (reprodução Sportv).

Retranca? Longe disso. No início do jogo, aproveitando a torcida quente, o Bahia adiantou a marcação e foi compacto na frente, dificultando a saída do adversário e pressionando. Na segunda etapa, administrando a vantagem construída no Morumbi com gol de Elber, um posicionamento mais conservador.

Natural pela diferença de capacidade de investimento, porém sempre com contra-ataque planejado. Nunca abrindo mão de jogar. Teve 34% de posse no jogo de volta, mas concluiu nove vezes, quatro na direção da meta de Tiago Volpi. Sempre pareceu mais perto da vitória.

O São Paulo de Cuca sofre com vários problemas no trabalho coletivo, sendo o maior a dificuldade de criar espaços no campo adversário. Em Salvador, o chute mais perigoso foi o de Helinho, de longe que bateu forte no travessão de Douglas. A melhor entre as 12 finalizações, oito no alvo. Em 270 minutos contra o Bahia, incluindo o empate sem gols pelo Brasileiro, nenhuma bola nas redes adversárias.

Além da falta de confiança de um time há muito tempo sem títulos existe uma dificuldade técnico-tática: Helinho, Everton, Toró, Pato, Hernanes, Nenê, Igor Gomes, Tche Tche…Jogar instalado no campo do oponente não é a deles. Precisam das brechas cedidas pelo adversário para jogar.

Tudo que o Bahia de Roger negou no confronto. Foi uma aula de compactação que matou o rival mais poderoso. De um time que sabe o que faz em campo e, com justiça, está entre os oito classificados na Copa do Brasil.

(Estatísticas: Footstats)

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André Jardine é a nova “vítima” do ciclo vicioso dos jovens treinadores http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/02/07/jardine-e-a-nova-vitima-do-ciclo-vicioso-dos-jovens-treinadores/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/02/07/jardine-e-a-nova-vitima-do-ciclo-vicioso-dos-jovens-treinadores/#respond Thu, 07 Feb 2019 10:56:38 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5867 Acontece com frequência: jovem treinador impressiona na base, como auxiliar ou vindo de um clube de menor expressão por seu conteúdo atual e capacidade de montar uma equipe dinâmica, móvel, ágil, normalmente dominante pela posse de bola. Conceitos modernos, ideias interessantes.

Mas chega ou é promovido no grande clube e se depara com a dura realidade do futebol brasileiro: necessidade de resultados imediatos, pouco tempo para treinar e aumento exponencial de visibilidade e cobranças. A solução? Contar com a cumplicidade dos atletas, especialmente os mais experientes. Trazer os “senadores” do vestiário para perto.

Só que para contar com essa união é preciso escalá-los. E no São Paulo reunir Nenê, Hernanes e Jucilei, além de Diego Souza que entra em quase todas as partidas, significa colocar em campo uma equipe lenta e sem profundidade. Ou seja, os conceitos que levaram André Jardine ao time profissional do tricolor do Morumbi e a valorização dos jovens formados no clube deixam de ser prioridade. A gestão de grupo passa a ser o mais importante.

Mas diferente do que se viu em outros casos, os veteranos – exceto Hernanes, que chegou agora – apenas eventualmente entregaram respostas no campo. Nem o começo empolgante aconteceu.

Em Córdoba, depois da chance desperdiçada no primeiro tempo com Bruno Alves e o chutaço de Hudson que o goleiro Ramírez salvou, o São Paulo afrouxou a marcação à frente da própria área e viu o Talleres abrir o placar com Juan Ramírez.

A insegurança e o peso das cobranças sobre um gigante sem conquistas desde 2012 foram desintegrando uma equipe frágil e sem intensidade. A expulsão de Hudson foi a pá de cal antes da tabela na frente da área que Jucilei não chegou e Pochettino fechou os 2 a 0.

Para a “remontada”, o São Paulo terá que subverter a trajetória recente. Com fibra, mas também estratégia. É final para clube e treinador. Difícil imaginar a permanência em  caso de eliminação precoce na Libertadores.

Só que parece tarde para colocar ideias em prática e a gestão de vestiário com solidariedade dos veteranos tem sido insuficiente. A missão no Morumbi é possível, mas bastante complexa.

Se falhar, André Jardine será mais uma “vítima” do ciclo vicioso que vem minando as forças dos jovens técnicos no futebol brasileiro. Um triste cenário que emperra a renovação e empurra a maioria dos grandes clubes para velhas soluções.

 

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São Paulo de Jardine precisa de paciência e respaldo. Terá? http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/01/11/sao-paulo-de-jardine-precisa-de-paciencia-e-respaldo-tera/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/01/11/sao-paulo-de-jardine-precisa-de-paciencia-e-respaldo-tera/#respond Fri, 11 Jan 2019 02:04:22 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5745 A Flórida Cup só vale pela rara oportunidade no calendário brasileiro de intercâmbio com equipes europeias, mesmo não sendo de primeiro nível como o Eintracht Frankfurt. Porque quebrar a pré-temporada que já é curta e entrar em campo com cinco dias de trabalho contra times em pleno ritmo de competição na nossa cultura resultadista cria riscos desnecessários.

Pior ainda para um São Paulo pressionado e cercado de desconfianças. Ver o rival Palmeiras ser campeão brasileiro com um estilo mais simples, jogo direto e comandado pelo veterano Felipão e investir no jovem treinador André Jardine que acredita em valorização da posse, saída sem rifar a bola e trabalha conceitos do jogo de posição com elenco menos qualificado deixa a impressão de que o clube vai na contramão. Mesmo agindo rápido no mercado para começar o ciclo com um elenco mais completo.

É questão de convicção para ser paciente e dar respaldo. Porque a falta de sintonia entre o novo goleiro Tiago Volpi e Bruno Peres na saída de bola, com erro que terminou no pênalti de Reinaldo sobre Willems convertido pelo croata Rebic é, em tese, mais que compreensível e até natural. Sem contar o mérito da equipe alemã, bem coordenada na execução de um 3-5-2 típico, na organização da pressão no campo adversário.

Mas o fato é que os titulares saíram derrotados em 45 minutos. No segundo tempo com reservas, arrancada de Liziero, passe para Diego Souza pela esquerda e assistência para Nenê empatar. Gol na transição ofensiva com velocidade. O camisa dez mais aberto à direita, uma opção para o início da temporada. Interessante, se o meia veterano colaborar sem a bola e se movimentar abrindo o corredor. Pode tornar o time menos engessado e previsível.

Em ritmo de treino, o Eintracht achou a vitória por 2 a 1 em uma saída rápida pela esquerda, mas que parecia não dar em nada. Terminou no gol contra de Igor Vinicius, outra novidade na lateral direita. Valeu pela movimentação de todos, incluindo Léo Pelé e Willian Farias, e a chance de observação, mesmo com todas as ressalvas de um cenário com atletas voltando de férias há pouquíssimo tempo.

No nosso imediatismo sem muitos parâmetros de análise além do placar final, se diante do Ajax ainda nos Estados Unidos o resultado também não vier muitos já ligarão o “sinal de alerta” pensando na estreia do Paulista e, principalmente, no confronto eliminatório com o Talleres pela Libertadores.

Não é simples reincorporar Hernanes no centro da articulação de um 4-2-3-1, muito menos adaptar o móvel Pablo no centro do ataque dentro de um modelo de jogo que pede infiltrações em diagonal dos ponteiros Helinho e Everton. Questão de treino, assimilação das ideias, repetição. Tudo que uma viagem para a América do Norte e amistosos precoces não oferecem. Típico caso em que o compromisso comercial pode ser bastante inconveniente.

O São Paulo paga para ver, não segue o senso comum de “fazer o simples”. Ao menos por enquanto. Jardine precisa de tempo e avaliação justa da margem de evolução. No nosso universo insano e paranoico parece um privilégio. Terá chance?

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A desonestidade de tirar os méritos de Dorival na recuperação do São Paulo http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/11/13/a-desonestidade-de-tirar-os-meritos-de-dorival-na-recuperacao-do-sao-paulo/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/11/13/a-desonestidade-de-tirar-os-meritos-de-dorival-na-recuperacao-do-sao-paulo/#respond Mon, 13 Nov 2017 07:57:13 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=3689

No Brasil é muito comum dar méritos na vitória e atribuir a culpa em um revés a apenas um personagem, sem considerar o todo. No futebol, o esporte dos elos fracos e fortes, das falhas e lampejos que podem decidir jogos e campeonatos, mais ainda.

Na seleção brasileira atual, todos os méritos são de Tite. Ainda mais para aqueles que rotularam a geração de jogadores como fraca sem perceber que ela era apenas mal treinada. Assim como transferiram para o treinador até os louros do ouro olímpico no Rio de Janeiro por uma suposta interferência no trabalho de Rogério Micale. Uma falácia já rechaçada pelo próprio Tite, simplesmente por ser absurda. Ninguém arma ou arruma uma equipe numa conversa. Sem contar que Micale usou Neymar por dentro no ataque canarinho e o treinador da principal prefere utilizá-lo partindo do lado esquerdo.

Impossível não lembrar do Flamengo campeão brasileiro de 2009. O “time de Petkovic e Adriano”. Imagem reforçada pelo fracasso de Andrade na carreira de técnico de futebol. Mas é inegável que ali havia um sistema tático e uma maneira de jogar que privilegiava o talento da dupla que desequilibrou na reta final daquela competição. Se fosse apenas pelas individualidades, o Fla que teve a dupla e mais Edilson, Alex, Denilson e Gamarra em 2000 teria obrigatoriamente que conquistar todos os títulos possíveis naquele ano. Não foi o caso.

Agora é o São Paulo. De Hernanes e do apoio da torcida apaixonada. No grito e no talento. Para os mais radicais, apesar de Dorival Júnior.

Uma desonestidade, pois se o tricolor do Morumbi acumula cinco jogos sem derrota – três vitórias e dois empates – e, com nove pontos de vantagem sobre o 17º colocado Sport faltando quatro rodadas, pode dizer que está livre da ameaça de rebaixamento, há muito do trabalho do comando técnico.

Porque apoio da torcida existia com Rogério Ceni. Talvez até maior do que agora no que se refere à paixão, pois ela era multiplicada por ter o maior ídolo do clube à beira do campo. Várias vezes o Morumbi esteve lotado. No Paulista, na Copa do Brasil, na Sul-Americana e no início do Brasileiro.

Mas o time não se acertou, também pela inexperiência de Ceni, que deixou o clube eliminado em todas as competições de mata-mata e em 17º no Brasileiro, no Z-4. E aí entra o orgulho de boa parte de torcedores e da mídia ligada ao São Paulo em não admitir o fracasso. Muitos bancaram o sucesso do treinador pelo pensamento mágico de achar que um profissional que é bom em uma função pode ser competente em todas.

Não aconteceu e então agora é mais fácil creditar o desempenho em campo na conta das contratações de última hora, especialmente Hernanes. Não há a mínima dúvida de que os nove gols e as três assistências, além dos 24 passes para finalizações em 18 partidas contribuíram, e muito, para o crescimento da equipe.

Mas olhar para o desempenho individual desconsiderando o coletivo é um dos grandes equívocos do jeito brasileiro de ver futebol. Porque Hernanes é um meio-campista, não um Neymar que no Santos era acionado toda hora, ou precisava vir na intemediária para criar toda a jogada no talento para definir. Aliás, o time que precisou menos de seu poder de decisão foi exatamente o comandado por Dorival.

Talvez a resistência ao treinador seja pelo jeito sério, sem o carisma de outros personagens do nosso futebol. Ou pelo passado mais ligado ao Santos e ao Pakmeiras; por não ter o currículo recheado de conquistas de peso apesar dos bons trabalhos na maioria das equipes que comandou. Quem sabe por algumas escolhas infelizes ao longo da carreira que culminaram no rebaixamento ou em um enorme risco?

A recuperação nas últimas rodadas salvou São Paulo e Dorival do sofrimento. A rigor, o 4-1-4-1 tricolor que deu liga depende muito mais de Cueva do que de Hernanes. O time sentiu muito a falta do peruano, à serviço de sua seleção na repescagem das eliminatórias, nos empates com Chapecoense e Vasco. Pela movimentação às costas dos volantes adversários como ponta articulador que sai da direita para criar as jogadas. Gera também espaços para os companheiros, inclusive o camisa 15.

Dos nove gols marcados, cinco foram na bola parada – três de pênalti e dois de falta. Ou seja, o São Paulo não vive dos lampejos de Hernanes, da jogada iniciada e finalizada pelo meio-campista. É uma equipe que ganhou mais segurança defensiva e trabalha a bola a ponto de proporcionar momentos de espetáculo, com ações ofensivas bem coordenadas. E aí o meia de 32 anos se destaca.

A equipe evoluiu às duras penas dentro de um ambiente político conturbado, de um elenco desigual e muito mexido ao longo da temporada, com a confiança abalada pela temporada ruim. Não é justo atribuir o insucesso de Ceni a este cenário e não reconhecer o valor do trabalho do atual treinador no mesmo contexto. Houve uma melhora de desempenho com a troca de técnico. Na experiência e nas ideias mais claras com métodos para aplicá-las no campo. Só não vê quem não quer.

Fica a dica para as “viúvas” de Rogério, que vai seguir sua vida no novo ofício em Fortaleza: aceitar sempre dói menos.

(Estatísticas: Footstats)

 

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Hernanes, Bruno Henrique e Jô: destaques no Brasil, descartáveis na seleção http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/11/06/hernanes-bruno-henrique-e-jo-destaques-no-brasil-descartaveis-na-selecao/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/11/06/hernanes-bruno-henrique-e-jo-destaques-no-brasil-descartaveis-na-selecao/#respond Mon, 06 Nov 2017 07:22:56 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=3645 Bruno Henrique chegou a 11 assistências com os dois passes para gols nos 3 a 1 sobre o Atlético Mineiro na Vila Belmiro. Um em cada tempo, um de cada lado do campo. É também o melhor driblador do Brasileiro. Jô agora é artilheiro do campeonato com 16 gols, igualando Henrique Dourado. Não perdeu uma no jogo aéreo contra os zagueiros palmeirenses no dérbi. Hernanes marcou seu nono gol em 16 partidas no triunfo são-paulino fora de casa sobre o Atlético-GO que praticamente garante o tricolor na primeira divisão e muda a equipe de patamar, sonhando até com vaga na Libertadores.

Destaques indiscutíveis que merecem elogios pelo desempenho e pela capacidade de desequilibrar. Mas que Tite pode tranquilamente descartar nas convocações da seleção brasileira.

O motivo é simples, embora magoe e ofenda os defensores do futebol jogado no país cinco vezes campeão do mundo: a nossa liga é fraca, medíocre. Nossas equipes são formadas por atletas medianos, jovens buscando espaço, refugos de experiências mal sucedidas em grandes centros, veteranos na reta final de carreira.

Bruno Henrique, com 26 anos, até teve alguns bons momentos do Wolfsburg, o mais notável na vitória por 2 a 0 sobre o Real Madrid nas quartas de final da Liga dos Campeões, dando um calor em Marcelo. Mais não fez e voltou ao Brasil. Hernanes estava na China, depois de sete anos no futebol italiano. Aos 32 anos, seu tempo já passou no futebol em alto nível. Suas Copas seriam as de 2010 ou 2014. Jô esteve no Mundial do Brasil, mas na reserva. Aos 30 anos, também passou pela China e agora é protagonista no Corinthians. Mas a curva também é descendente, não tem mais mercado na Europa.

Todos merecem respeito por suas trajetórias profissionais. Se Tite der oportunidades – como sinaliza com Hernanes, até pela carência de um articulador no meio-campo como reposição a Renato Augusto – podem até render. Não só pela motivação, mas por estar inserido em um grupo qualificado. O fato, porém, é que há opções mais confiáveis atuando em ligas mais competitivas.

Como seria Jorginho, destaque do Napoli, convocado pela seleção italiana. Joga à frente da defesa, mas tem o perfil de organizador. Meio-campista que pensa o jogo todo e não apenas na sua função em campo. Artigo raro, disputando a Série A do Calcio e Liga dos Campeões. Descartado sabe-se lá o porquê. Mas no setor da equipe de Maurizio Sarri ainda temos Allan, outro pedindo passagem.

No centro do ataque, Gabriel Jesus e Roberto Firmino, que disputam Premier League e Champions. Ponto, sem maiores discussões. Na ausência de um dos dois, pela carência no setor até seria possível pensar em um nome atuando no país. Nada mais que isso. Soa até como piada o menosprezo ao atacante do Liverpool em defesa de Jô, Fred e outros centroavantes mais “midiáticos”.

Nas pontas, a concorrência para Bruno Henrique é cruel: Willian, Coutinho, Neymar, Douglas Costa. Mesmo Taison ou Bernard do Shakhtar Donetsk seria mais interessante. Tite ainda tem os jovens Malcom, do Bordeaux, e Richarlison, do Watford, como alternativas jogando em ligas mais competitivas.

Sim, a Ligue 1, hoje, está acima do Brasileirão. Só pela simples presença de uma seleção mundial como o PSG. Mesmo o Monaco desmanchado, mas já na segunda colocação e ainda forte, com remanescentes do semifinalista da última Liga dos Campeões. Até os times de nível intermediário jogam um futebol mais atual e conectado aos principais centros que o nosso.

Além do orgulho de bater no peito e repetir a falácia do “país do futebol”, muitos ainda confundem o pertencimento, a identificação e o equilíbrio de forças com qualidade. Nosso jogo até evoluiu no trabalho defensivo. Mas ainda é espaçado, lento e fraco tecnicamente. A intensidade ainda fica abaixo.

É compreensível que a mídia incense os jogadores atuando nos clubes daqui. Afinal, a presença deles entre os convocados atrai a audiência nas datas FIFA. Ainda mais agora que o campeonato tem uma pausa, o que motiva ainda mais o torcedor a exigir a presença do melhor jogador do seu time do coração, já que não será desfalque como antes. De novo a questão da identidade: uma seleção com jogadores atuando na Europa, ainda que as emissoras de TV fechada e eventualmente a aberta transmitam as partidas, parece “estrangeira”.

Não por acaso, os escretes que construíram o tricampeonato mundial, além da de 1982, habitam o imaginário popular até hoje e na época criaram uma comunhão com o povo. Todos estavam aqui. A da Copa da Espanha, então, com ídolos dos times mais populares do país, uniu ainda mais os torcedores. Outros tempos, outro contexto.

Hoje a lógica é clara, até óbvia: os países com mais capacidade financeira contratam os melhores jogadores e treinadores. Por consequência praticam futebol com mais qualidade. Em técnica e tática. Admitir isso não é ter complexo de vira-latas ou menos valia. Pelo contrário. Se temos brasileiros atuando nos principais campeonatos nacionais do planeta com desempenho satisfatório, estes devem ser os escolhidos por Tite. Para o bem da seleção.

A menos que surja um talento como Neymar ou Gabriel Jesus para assumir protagonismo ainda atuando aqui. Com projeção para se destacar na Espanha e na Inglaterra com rapidez. Hoje quem parece mais pronto para ser o prodígio a vestir a camisa verde e amarela e se afirmar, ainda com 21 anos e jogando no Grêmio, é Arthur.

Fora isso é aposta. Como os citados acima, os convocados Cássio, Rodrigo Caio e os Diegos, Souza e Ribas. Ou Luan, Geromel, Lucas Lima, Vanderlei, Dudu, Moisés, Gustavo Scarpa, Fagner, Thiago Neves, Fabio e outros.  Porque o protagonismo no Brasil não é credencial segura. Há algum tempo. Por mais que doa reconhecer isso.

(Estatisticas: Footstats)

 

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No clássico da desordem, Palmeiras respira e São Paulo agoniza sem soluções http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/08/27/no-classico-da-desordem-palmeiras-respira-e-sao-paulo-agoniza-sem-solucoes/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2017/08/27/no-classico-da-desordem-palmeiras-respira-e-sao-paulo-agoniza-sem-solucoes/#respond Sun, 27 Aug 2017 22:16:16 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=3224 O time de Cuca mostrou as virtudes e defeitos habituais na temporada. Erros defensivos pela desorganização provocada pelas perseguições individuais. Ficou claro no gol de Marcos Guilherme, quando Pratto aproveitou a retaguarda esburacada para dar assistência, antes do acidente com Hernanes que o tirou do campo na ambulância.

Entrou Gilberto e o São Paulo perdeu força. O Palmeiras reagiu pela persistência, por não desistir, pela inquietação de seu treinador usando as peças disponíveis. Jogada de Michel Bastos, gol de Willian, autor do segundo em finalização de fora. Virada rápida desconstruída por Hernanes, o único lúcido no tricolor paulista. Mas que não pode resolver tudo na jogada individual ou nas finalizações precisas.

Porque o “Soberano” é um clube à deriva. Pela irresponsabilidade de entregar um dos gigantes brasileiros à própria sorte com jogadores e treinador ainda se conhecendo em agosto, num balcão de compra e venda que parece não ter fim. E não consegue resolver um problema grave desde o início da temporada: a falta de um goleiro confiável.

Sidão teve mais uma chance e novamente mostrou a insegurança capaz de minar as forças e a confiança de qualquer um. Mesmo que Dorival Júnior tente organizar sua equipe num 4-1-4-1 que tem momentos de compactação e setores bem coordenados. Só que elos fracos como os  laterais Buffarini e Edimar acabam comprometendo qualquer esforço coletivo e períodos de domínio na partida, com chances cristalinas desperdiçadas – a de Rodrigo Caio na segunda etapa simplesmente inacreditável.

Duas jogadas pela esquerda, o terceiro gol com Keno, substituto de Bruno Henrique para tornar o time ainda mais ofensivo, e o golpe final com Hyoran, reserva pouco utilizado desde que chegou ao Palmeiras. Jogada iniciada com um lançamento precioso de Tchê Tchê para Willian servir o companheiro.

O “Bigode” foi o personagem da vitória fundamental e justa no Allianz Parque: o mandante teve 54% de posse, desarmou corretamente 21 vezes contra dez e finalizou 24 vezes contra nove do rival – dez a quatro no alvo. Para o Alviverde se recolocar na disputa das primeiras posições da tabela e aliviar o ambiente de crise. Nem precisou de tanto para vencer um “Choque-Rei” marcado pela desorganização dos times.

Revés sintomático para um São Paulo em desespero. Vítima de decisões equivocadas há algum tempo, mas bem mais graves em 2017. Desmanchar e remontar elenco ao longo do Brasileiro é algo criminoso. O resultado é uma lenta agonia que parece cada vez mais sem soluções.

(Estatísticas: Footstats)

 

 

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