suárez – Blog do André Rocha http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br O blog se propõe a trazer análises e informações sobre futebol brasileiro e internacional, com enfoque na essência do jogo, mas também abrindo o leque para todas as abordagens possíveis sobre o esporte. Mon, 13 Jul 2020 13:46:43 +0000 pt-BR hourly 1 https://wordpress.org/?v=4.7.2 Início de temporada do Barcelona já preocupa e risco na Champions é real http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/09/04/inicio-de-temporada-do-barcelona-ja-preocupa-e-risco-na-champions-e-real/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/09/04/inicio-de-temporada-do-barcelona-ja-preocupa-e-risco-na-champions-e-real/#respond Wed, 04 Sep 2019 09:46:38 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=7178

Uma vitória, um empate e uma derrota em três rodadas da liga espanhola. Os resultados iniciais do Barcelona em jogos oficiais não são bons para o altíssimo nível do clube, ainda mais na competição por pontos corridos que dominou nos últimos anos. Mas considerando as ausências por lesão de Messi e Suárez, mesmo já deixando o Atlético de Madrid abrir cinco pontos, não é algo inalcançável, longe disso. E a prioridade do clube catalão deve ser mesmo a Liga dos Campeões.

O problema é que Ernesto Valverde precisava de seus protagonistas no ataque para trabalhar o encaixe de Antoine Griezmann no trio e o ajuste da equipe que também precisa adaptar o jovem holandês Frenkie De Jong ao meio-campo que tem alternado Busquets, Rakitic e Arthur como companheiros de setor. A necessidade de um acerto rápido na temporada tem uma razão.

O Barça caiu no complicado Grupo F da Champions, com Borussia Dortmund e Internazionale, mais o Slavia Praga que deve ser o “sparring” e possível fiel da balança em termos de saldo de gols. A estreia já acontece no dia 17 contra os alemães no Signal Iduna Park.

O Dortmund tropeçou feio na terceira rodada da Bundesliga contra o debutante Union Berlin. Derrota por 3 a 1 que fez o Leipzig assumir a liderança como único 100% em três rodadas e o Bayern de Munique, que empatou na estreia em casa com o Hertha Berlin por 2 a 2, abrir um ponto de vantagem.

Mas continua sendo uma equipe competitiva, comandada por Lucien Favre e que conta com a experiência de Matts Hummels na zaga e Marco Reus na linha de meias de um 4-2-3-1 com Jason Sancho voando pela direita, já com três assistências na temporada, e servindo Paco Alcácer, que foi às redes quatro vezes.

Na segunda rodada, em dois de outubro, o Barcelona recebe no Camp Nou a Internazionale. A equipe agora comandada por Antonio Conte, treinador intenso e que costuma fazer suas equipes se tornarem competitivas rapidamente.

Já alcançou duas vitórias na Série A italiana trabalhando em um 3-5-2 com Candreva e Asamoah colocando muita intensidade pelas alas e a sacada de colocar um lateral no trio de zagueiros pela direita para dar mais rapidez e agilidade à retaguarda – no Chelsea era Azpilicueta, nos neroazzurri o escolhido é Danilo D’Ambrosio. Mas a força mesmo está na dupla de ataque formada por Lukaku e Lautaro Martínez, que já vem demonstrando bom entendimento e marcaram os gols da vitória sobre o Cagliari por 2 a 1.

Não são times da prateleira do Barcelona no cenário europeu e mundial, mas podem dar trabalho. Ainda mais para uma equipe que até aqui é uma grande incógnita. É possível dar engate imediato com o retorno de Messi, afastado por contusão na panturrilha que parecia corriqueira, porém tirou o craque da pré-temporada e das primeiras partidas.

Mas qualquer oscilação nas duas primeiras rodadas devem tornar os jogos de volta muito tensos. Uma terceira colocação e vaga na Liga Europa sempre parecem improváveis para os gigantes do continente, mas a dura realidade é que o sorteio desta vez não foi generoso e o contexto não é dos mais animadores.

A boa notícia até aqui é o início com muita personalidade do jovem guineense Ansu Fati, 16 anos e já marcando gol no time profissional do Barça. E pouco além disso. Ainda os problemas defensivos, a baixa intensidade de Busquets e a dependência da profundidade das descidas de Jordi Alba pela esquerda. Setor que deve ter Griezmann, protagonista com dois gols nos 5 a 2 sobre o Real Betis, mas atuando como “falso nove”.

Tudo parece em suspenso aguardando por Messi. Natural depender de um dos grandes da história e o argentino costuma dar boas respostas e desequilibrar, mas não deixa de ser preocupante. O risco na Champions é real e precisa ser levado a sério.

 

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Coutinho ainda tem vaga no Barça ou a camisa sete logo será de Griezmann? http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/16/coutinho-ainda-tem-vaga-no-barca-ou-a-camisa-sete-logo-sera-de-griezmann/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/16/coutinho-ainda-tem-vaga-no-barca-ou-a-camisa-sete-logo-sera-de-griezmann/#respond Tue, 16 Jul 2019 11:16:20 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6876

Foto: Getty Images

Antoine Griezmann enfim foi anunciado oficialmente pelo Barcelona. Operação demorada, intrincada e polêmica, com o Atlético de Madrid protestando contra o valor pago pela multa e ameaçando recorrer à FIFA por seus direitos. A negociação deve virar novela, mas é difícil imaginar um desfecho diferente da mudança do craque francês da capital espanhola para a Catalunha.

No anúncio, a imagem da camisa 17 que será destinada à mais recente contratação. A sete, que acompanha Griezmann na seleção e era dele no Atlético, ainda pertence a Philippe Coutinho. Mas por quanto tempo?

Difícil vislumbrar um quarteto ofensivo com Messi e Suárez. Até podemos pensar em Griezmann pela direita, Messi por dentro em função parecida com a que exerceu na seleção argentina na reta final da Copa América e Coutinho à esquerda formando um trio atrás do centroavante uruguaio em um 4-2-3-1.

A questão é que parece consenso entre o treinador Ernesto Valverde e direção do Barça que o meio-campo precisa de um trio que entregue organização e também proteção à defesa. Com Busquets, Rakitic, Arthur, Vidal e agora Frenkie De Jong, contratado ao Ajax. Pensando na baixa intensidade sem bola do provável trio de ataque com a entrada de Griezmann, o meio dá a impressão de que ainda precisa de um jogador de área a área com mais força e velocidade.

E Coutinho? A temporada no Barcelona e a Copa América pela seleção deixam claro que está cada vez mais difícil encontrar um lugar para o meia atacante. No 4-2-3-1 tem dificuldades para jogar como meia central, de costas para a marcação pressionada. Na função de meia por dentro um 4-1-4-1/4-3-3 o problema é a capacidade de colaborar sem bola quando o time recua as linhas. Baixa concentração e muitos espaços às costas que, na seleção, acabam sempre bem cobertos por Casemiro.

O melhor cenário seria executando a função de ponta articulador partindo da esquerda para tabelar, inverter o jogo para um ponteiro mais infiltrador do lado oposto ou finalizando com o pé direito em sua jogada característica. Se o Chelsea de Frank Lampard não estivesse punido pela FIFA nesta janela por acordos com menores de idade – o clube teve o recurso negado e apelou ao TAS (Tribunal Arbitral do Esporte), mas não deve ser julgado até o fechamento da janela de verão europeu – o brasileiro seria a reposição ideal à saída de Eden Hazard para o Real Madrid.

A ida para o PSG viabilizando a volta de Neymar ao Barcelona ainda está no horizonte e também seria interessante, sucedendo o craque brasileiro na mesma função e se juntando a Mbappé e Cavani no ataque. Mas o clube francês joga duro para permitir a saída da maior contratação da história do esporte e a negociação não será tão simples. O Manchester United seria outra possibilidade, mas não parece empolgar muito o jogador e seu agente Kia Joorabchian.

A luz parece vir de Liverpool. Para reviver o “quarteto fantástico” com Mané, Salah e Firmino que vinha encantando a Europa até Coutinho forçar a barra para realizar o sonho de jogar no Barça em janeiro de 2018. O problema é que a saída gerou desgaste com a torcida e a equipe se equilibrou no 4-3-3 com um meio-campo mais forte e intenso na conquista da Liga dos Campeões e na campanha histórica na Premier League. Mas Jurgen Klopp sempre se referiu ao brasileiro com carinho e admiração.

O fato é que o Barcelona precisa definir logo o que fazer com a contratação mais cara de sua história. A relação com a torcida é tensa, o meia foi considerado um dos “vilões” da eliminação na semifinal da Champions para o Liverpool e o resgate da imagem sem espaço entre os titulares fica mais difícil.

O futuro é duvidoso e a camisa sete do time catalão parece mesmo mais próxima de Griezmann, mesmo com toda diplomacia do clube e do craque que chega para ajudar o Barça a reconquistar a Champions. Coutinho falhou em sua única tentativa e deve pagar com a saída pela porta dos fundos.

 

 

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Quem vai confiar no pé direito de Neymar? http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/02/quem-vai-confiar-no-pe-direito-de-neymar/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/07/02/quem-vai-confiar-no-pe-direito-de-neymar/#respond Tue, 02 Jul 2019 09:24:14 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6799

Foto: Evaristo Sá/AFP

Neymar ainda vive a turbulência na vida pessoal e agora volta ao noticiário por conta de informações desencontradas sobre um suposto interesse do Barcelona em seu retorno. Ou a possibilidade de trocar o PSG por outro gigante europeu na janela de verão. Negociação complicada, pelo altíssimo investimento do clube francês e inexistência de multa rescisória.

Mas há um tema pouco falado recentemente sobre o craque brasileiro: o pé direito. Duas fraturas seguidas no quinto metatarso em um ano, mais três lesões no tornozelo nas últimas quatro temporadas. Comprometendo a carreira que não foi mais a mesma desde a temporada perfeita, a 2014/15 com a tríplice coroa do Barça e o auge do trio MSN com Messi e Suárez. No PSG ficando de fora do mata-mata da Liga dos Campeões, a grande obsessão do bicampeão francês. Na seleção disputando a Copa do Mundo de 2018 sem o ritmo de competição dos demais e agora ficando de fora da Copa América.

Algo tão problemático que há notícias, não confirmadas, de que a Nike trabalha na criação de uma chuteira especial para o jogador. Só que ao proteger o pé direito pode expor o tornozelo. Para complicar, Neymar instintivamente vinha procurando diminuir o impacto sobre o lado fragilizado e, com isso, forçando o esquerdo. O joelho tem sentido a sobrecarga, ainda mais em um jogador com constantes mudanças de direção e que tem como principal virtude a habilidade nas jogadas individuais, o que sempre ocasiona pancadas e choques.

Este que escreve não é médico, mas parece claro que a questão não é simples. E desde a última contusão, no amistoso contra o Catar, outros problemas vêm soterrando as informações sobre a recuperação e o que tem sido feito para evitar novas lesões. Porque em Barcelona ou outro clube, Neymar pode recuperar a motivação e o foco na carreira de jogador, mas se não tiver condições físicas para entregar o melhor desempenho o esforço e o investimento serão em vão.

Fica então a pergunta: quem vai pagar tão caro e confiar no pé direito de Neymar?

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O pecado mortal de Rueda: não se poupa contra o Uruguai de Cavani e Suárez http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/24/o-pecado-mortal-de-rueda-nao-se-poupa-contra-o-uruguai-de-cavani-e-suarez/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/24/o-pecado-mortal-de-rueda-nao-se-poupa-contra-o-uruguai-de-cavani-e-suarez/#respond Tue, 25 Jun 2019 01:02:40 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6753 Por mais que o desgaste físico fale alto a esta altura do ano para quem atua na Europa, foi difícil entender a estratégia de Reinaldo Rueda poupando quatro chilenos para o grande jogo do grupo. Mesmo com a chance razoável de terminar em segundo lugar, encarar a forte Colômbia na sexta e ter um dia a menos de descanso.

Já o Uruguai tropeçava no problema grande que a ausência por lesão de Laxalt criou. Sem o lateral esquerdo forte no apoio, a Celeste perdeu profundidade, já que nem Giovanni González, nem o lateral-base Cáceres que inverteu o lado chegam ao fundo. Nem Nández, que começou no banco para De Arrascaeta começar jogando no Maracanã. O meia do Flamengo e Lodeiro afunilavam as ações de ataque numa espécie de 4-2-2-2 “à brasileira” e restava à equipe de Óscar Tabárez insistir novamente no jogo direto para Suárez e Cavani.

A Roja se defendia com cinco na última linha e, sem o auxílio de Arturo Vidal, Aránguiz tentava acionar Vargas e Aléxis Sánchez na frente. Ainda assim se aproveitou das dificuldades do rival na circulação da bola para dominar a posse e controlar o primeiro tempo. Foram seis finalizações, duas no alvo. Contra três uruguaias, nenhuma na direção da meta do goleiro Arias.

Com o passar do tempo na segunda etapa, o Uruguai foi adiantando linhas e colocando intensidade na frente para se impor no volume de jogo. O Chile parecia satisfeito por conter a dupla de ataque adversária. Tabárez trocou Lodeiro por Nández, invertendo o lado de Arrascaeta, que saiu depois para a entrada de Jonathan Rodríguez, que passou a formar um trio na frente.

Simbólico no gol da vitória: Suárez achou Rodríguez, que da esquerda colocou na cabeça de Cavani. Movimento perfeito de um atacante fantástico. Enorme trunfo que o Uruguai sabe usar no momento certo, mesmo quando o desempenho fica devendo. Com 48% de posse e oito finalizações no final, duas a menos que o Chile.

Mas vai encarar o Peru nas quartas, enquanto o atual bicampeão mede forças com a única que fechou a fase de grupos com três vitórias. Os chilenos aprenderam da pior maneira que contra Cavani e Suárez não se pode entregar menos que 100%. Pecado mortal.

(Estatísticas: Footstats)

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VAR salva Uruguai desconcentrado no empate com Japão da posse de bola http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/21/var-salva-uruguai-desconcentrado-no-empate-com-japao-da-posse-de-bola/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/21/var-salva-uruguai-desconcentrado-no-empate-com-japao-da-posse-de-bola/#respond Fri, 21 Jun 2019 05:32:38 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6731 Este que escreve passaria longe de marcar pênalti de Ueda sobre Cavani, mesmo com os auxiliares de vídeo enxergando falta do defensor japonês no primeiro tempo. Assim como assinalaria uma infração dentro da área uruguaia de Giovanni González em Nakajima na segunda etapa, depois de belo giro à la Zidane do camisa dez japonês. A arbitragem claramente prejudicou o jovem time convidado na Arena do Grêmio.

Já o que prejudicou o Uruguai em Porto Alegre foi a desconcentração. Tranquilo depois dos 4 a 0 na estreia sobre o Equador, acreditou que conseguiria impor seu estilo e construir a vitória com naturalidade. Mas em competições de futebol profissional, mesmo em um nível intermediário, sem foco não se joga. Ou joga mal. Depois de uma pressão inicial na empolgação da torcida que era maioria no estádio, a Celeste só acordou quando sofreu o primeiro gol de Miyoshi. E foi salva pelo pênalti inexistente e convertido por Luis Suárez.

Mesmo assim não tomou para si o controle do jogo. Porque o Japão trocava passes no ritmo do bom meio-campista Shibasaki e acelerava com o quarteto ofensivo formado por Miyoshi e Nakajima nas pontas, Okazaki na referência e Abe se aproximando por dentro. Com mobilidade e arriscando dribles que criavam problemas para a última linha de defesa adversária.

Desorganizada por conta da lesão de Laxalt que, sentindo dores, não acompanhou Miyoshi no lance do gol. Óscar Tabárez foi obrigado a trocar Cáceres de lado e colocar González pela direita. A mudança desestruturou a equipe não só no posicionamento defensivo como nas ações de ataque, já que Cáceres, que é o lateral de base, que fica mais preso com Giménez e Godín, tinha que apoiar para aproveitar o corredor deixado pelo movimento de Lodeiro da esquerda para dentro.

Restou aos uruguaios a fibra. Também o jogo direto e físico, tentando levar vantagem na estatura e na força. Bola para Suárez e Cavani, problemas para a retaguarda asiática e trabalho para o goleiro Kawashima. Mas o Japão respondia com boa circulação da bola. E sorte, aproveitando a falha de Muslera para Miyoshi marcar o segundo gol.

No “abafa” e apelando para cruzamentos  – foram 38, 23 no segundo tempo – os sul-americanos empataram com Giménez e poderiam ter virado. Foram 26 finalizações uruguaias, doze no alvo. Fora as bolas no travessão da dupla de ataque, responsável por 18 conclusões. Por conta do volume de jogo e dos muitos desarmes certos (35 no total), o Uruguai terminou com mais posse: 54%.

Mas o Japão é que foi a equipe na partida a valorizar a bola, Porque sabe que necessita dela. Não foi acaso a mudança de escola de velocidade para a da troca de passes. A partida mostrou que recuar linhas para jogar em rápidas transições ofensivas não é uma boa estratégia, já que atrai o adversário e perde nas disputas no vigor físico e pelo alto. Melhor tocar a bola e manter o oponente longe da própria área.

Com uma equipe se preparando para os Jogos Olímpicos em Tóquio fica ainda mais difícil ser protagonista. Mas os 2 a 2 confirmam o equilíbrio na Copa América. Só a Colômbia tem 100% de aproveitamento até aqui, mas sofrendo para furar a defesa do Catar. O Uruguai demorou a reagir e pode ser grato aos equívocos da arbitragem, que não vão deixar de existir mesmo com o VAR. Fica a lição: sem atenção qualquer jogo pode se complicar.

(Estatísticas: Footstats)

 

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Primeira rodada da Copa América abala ainda mais o favoritismo do Brasil http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/18/primeira-rodada-da-copa-america-abala-ainda-mais-o-favoritismo-do-brasil/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/18/primeira-rodada-da-copa-america-abala-ainda-mais-o-favoritismo-do-brasil/#respond Tue, 18 Jun 2019 10:22:41 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6713 O Chile é o atual bicampeão da Copa América, mas na dinâmica do futebol atual a superioridade absoluta da seleção brasileira nas Eliminatórias é mais recente e, portanto impactante. Por isso e também por ser o anfitrião é o grande candidato ao título continental que não conquista desde 2007. Mesmo sem Neymar.

Este favoritismo, porém, foi abalado por acontecimentos ainda mais próximos do cenário que se apresenta agora. Como um Uruguai forte na Copa do Mundo, liderando o grupo com a Rússia, o país-sede, superando Portugal de Cristiano Ronaldo campeão europeu nas oitavas e só caindo nas mesmas quartas de final que o Brasil. Mas para a campeã França em um jogo relativamente equilibrado, no qual a Celeste sentiu demais a ausência do lesionado Edinson Cavani.

Centroavante do PSG que foi o protagonista dos 4 a 0 sobre o Equador na estreia da Copa América no Mineirão com um belo gol de voleio. De um Uruguai que mantém Óscar Tabárez no comando técnico, mesmo aos 72 anos e com dificuldades para se locomover, e preserva suas duas grandes virtudes: força no jogo aéreo com a dupla Giménez e Godín, trazendo o entrosamento do Atlético de Madrid, e o ataque poderoso com Cavani se juntando a Suárez.

Mas também acréscimos importantes, especialmente no meio-campo. Não mais a formação clássica da segunda linha, com dois volantes de contenção por dentro e dois pontas que correm de uma linha de fundo à outra. Como Álvaro González e Cristian “Cebolla” Rodriguez no time campeão da Copa América de 2011 na Argentina, protegidos por Arévalo Ríos e Diego Pérez ou Eguren à frente da defesa.

Agora Tabárez tem Bentancur e Vecino por dentro com mais qualidade no passe, Nández abrindo o campo pela direita e um Nicolás Lodeiro que se apresentou repaginado nos 4 a 0 da estreia sobre o Equador. Deixou De Arrascaeta no banco, abriu o placar em bela jogada individual logo aos cinco minutos e mostrou mais desenvoltura e contundência nas combinações com a dupla de ataque e também com Laxalt pela esquerda. Outro acréscimo recente, o lateral do Milan é o sucessor natural de Álvaro Pereira e chega ao fundo com intensidade e vigor físico.

Mantendo a tradição de ter um lateral mais fixo e outro liberado para o apoio. Durante muitos anos foi Maxi Pereira à direita. Agora Cáceres é quem atua por ali, fazendo a base e o balanço defensivo de um time mais equilibrado e que conta com mais qualidade técnica para criar espaços diante de sistemas defensivos fechados. Teve 59% de posse e finalizou 14 vezes, metade no alvo, aproveitando, obviamente, a superioridade numérica ainda no primeiro tempo depois da expulsão de Quintero.

O Uruguai se junta à Colômbia, que se apresentou mais sólida defensivamente nos 2 a 0 sobre a Argentina graças ao trabalho que já se faz notar do português Carlos Queiroz, como os grandes adversários da seleção de Tite. Mas o Chile de Reinaldo Rueda também não pode ser descartado.

Não pelos 4 a 0 no Morumbi sobre o convidado Japão em processo de renovação e dando rodagem aos atletas que vão buscar o título olímpico em Tóquio no ano que vem. Mas pelo futebol mais fluido e consistente, coordenado pelo trio de meio-campistas formado por Pulgar, bom volante qualificando a saída de bola e forte no jogo aéreo marcando o primeiro gol da partida, e mais Vidal e Aranguiz.

Na frente, Fuenzalida e Alexis Sánchez pelas pontas e o móvel Vargas na frente. Com dinâmica e faro de gol que não costuma apresentar nos clubes. Foi artilheiro das últimas edições da competição sul-americana e já larga com dois gols. Com um ano e meio de trabalho, Rueda já faz sua equipe melhorar a circulação de bola para acelerar no último terço.

Só precisa melhorar o sistema defensivo, na transição e no posicionamento. Concedeu 11 finalizações aos japoneses e só não foram vazados porque apenas três foram na direção da meta de Arias e os asiáticos desperdiçaram pelo menos duas chances cristalinas, uma em cada tempo. Talvez contra o Uruguai na fase de grupos e nos jogos eliminatórios, a Roja bicampeã e buscando recuperação depois de ficar de fora do último Mundial aumente a concentração no trabalho sem bola.

O torneio ainda não “pegou” no país por vários motivos, incluindo os valores absurdos cobrados por ingressos e uma certa banalização. Não só da competição em si, que teve edições em 2015, 2016 e terá outra no ano que vem, na Argentina e na Colômbia, para se ajustar aos anos pares como a Eurocopa, mas também do próprio Brasil como sede, depois da Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro há três anos.

Mas a primeira rodada serviu para mostrar que não há um favorito absoluto e a fase final pode apresentar duelos interessantes na disputa da hegemonia do continente. Incluindo a possibilidade, ainda que remota, da “ressurreição” da Argentina de Messi. Talvez já encarando o Brasil nas quartas. Em jogo único seria mais um obstáculo para a equipe de Tite na dura tarefa de se impor em seus domínios. Ficou mais difícil apostar.

(Estatísticas: Footstats)

 

 

 

 

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Ficar no PSG seria o maior “castigo” para Neymar http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/04/ficar-no-psg-seria-o-maior-castigo-para-neymar/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/06/04/ficar-no-psg-seria-o-maior-castigo-para-neymar/#respond Tue, 04 Jun 2019 10:04:31 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6641 Não há muito o que dizer sobre o “Caso Neymar”, que é de polícia. Apenas que é mais uma prova de que o jogador é pouco inteligente na condução da carreira e da vida, além de ser absurdamente mal assessorado. Pelo “staff”, por parças e até pelo próprio pai.

A tendência é que jogue a Copa América mesmo em um ambiente pouco tranquilo. Tite precisa de seu jogador mais talentoso para buscar o título e a paz para trabalhar até 2022 e Neymar já parece acostumado a viver nessa montanha russa de emoções.

O maior problema é a imagem de Neymar para o mundo. Seguidas lesões e polêmicas de toda ordem que sempre deixam uma impressão de pouco compromisso com a carreira de atleta tendem a dificultar o que talvez seja a grande meta a curto prazo de Neymar: deixar o Paris Saint-Germain.

Já há consenso entre o craque e os mais próximos que a experiência em Paris não deu certo. Além disso, o projeto do clube francês cada vez mais parece girar em torno de Mbappé, estrela nacional depois do título mundial em 2018. A busca por protagonismo fez Neymar recuar algumas casas no tabuleiro do futebol em seu mais alto nível.

Seria a hora de sair, mas para onde? As únicas portas possíveis e viáveis financeiramente para compensar o PSG da contratação mais cara da história do esporte seriam Real Madrid e Barcelona. O time merengue já tem tudo certo com Hazard, atacante que joga na mesma faixa de campo e tem características parecidas, embora sem tanto poder midiático – fundamental para o clube que perdeu Cristiano Ronaldo.

No Barça teria que reconstruir uma relação de confiança depois da saída para um time com menos história, mas o encaixe em campo seria automático, reeditando o trio MSN com Messi e Suárez na vaga de Philippe Coutinho/Dembelé. Talvez a conclusão seja de que é mais seguro para a cabeça de Neymar ser coadjuvante do gênio argentino do que tentar um voo solo.

Só que agora há uma acusação grave e a reação mais que infeliz, expondo conversas e imagens íntimas de outra pessoa. De repente Neymar virou aposta. Será que vale o investimento? Se os interessados recuarem restará cumprir o contrato no PSG que vai até junho de 2022.

Acordo milionário para morar em Paris por cinco anos. Um sonho para muita gente, incluindo atletas consagrados, mas hoje seria o pior “castigo” para o brasileiro. É mesmo muito difícil entender o Neymar…

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Messi, elétrico e genial, decide para um Barcelona concentrado e iluminado http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/05/01/messi-eletrico-e-genial-decide-para-um-barcelona-concentrado-e-iluminado/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/05/01/messi-eletrico-e-genial-decide-para-um-barcelona-concentrado-e-iluminado/#respond Wed, 01 May 2019 21:19:33 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6432 Primeiro foi Roberto Firmino no sacrifício iniciando no banco. Depois a opção mais que questionável de Jurgen Klopp por Joe Gomez na lateral direita deixando Alexander-Arnold na reserva. Wijnaldum no centro do ataque do Liverpool, como “falso nove”, e o meio-campo com Fabinho, Milner e Keita. Este lesionado e substituído ainda no primeiro tempo por Henderson.

A primeira semifinal da Liga dos Campeões no Camp Nou sempre deixou a impressão de que tudo conspirava a favor do Barcelona. Mesmo com toda intensidade e força coletiva do Liverpool, especialmente no segundo tempo. Muito volume de jogo e imposição física.

Só que o time de Ernesto Valverde colaborou muito para o vento favorável. Concentração absurda, especialmente no trabalho defensivo. Da última linha atenta às diagonais de Salah e Mané. De Piqué absoluto por baixo e pelo alto. Da compactação das linhas – a do meio com Vidal, a novidade na escalação, pela direita e Coutinho voltando à esquerda.

A surpresa foi o Barça não apostando nas pausas e na posse e duelando com os Reds na pressão pós perda e aceleração nas transições ofensivas. Sempre procurando o Messi bem vigiado por Fabinho e Jordi Alba pela esquerda, no setor do frágil Gomez. O lateral esquerdo foi o autor do passe precioso que achou Suárez. O primeiro gol do uruguaio nesta edição da Champions, o segundo nos últimos vinte jogos na competição.

O sinal de que tudo daria muito certo no segundo tempo. De resistência à pressão do adversário, com chute de Milner, livre, para defesaça de Ter Stegen. Até o contragolpe de Messi para Sergi Roberto, com a bola chegando a Suárez. Toque por cima no travessão e sobrando para Messi na hora certa, no lugar exato.

Dois a zero que virou três na cobrança de falta inacreditável do melhor do mundo. Coisa de gênio. Alisson pulou, mas não teve como pegar a bola no ângulo. Assim como não houve como o Liverpool ir às redes e diminuir o prejuízo. Com Firmino em campo e chute de Salah na trave de Ter Stegen depois de mais uma “blitz”. O time inglês terminou com mais posse de bola (52%) e as mesmas nove finalizações do adversário. Lutou, deixou 100% em campo, mas os donos da casa estavam mesmo iluminados.

A noite só não foi perfeita porque, na pressa de atacar, os visitantes deram espaços demais e Dembelé, que substituiu Suárez já nos acréscimos, teve tempo para desperdiçar dois contragolpes com vantagem numérica. Inacreditável no último lance de três contra um. Para o desespero de um Messi ligado no jogo como nunca na carreira. Também pelo melhor planejamento da comissão técnica para descansar a grande estrela da equipe.

O Barcelona perdeu a chance de definir o confronto, mas leva para Anfield o conforto do placar e mais o descanso físico e mental por já ser campeão espanhol, enquanto o oponente ainda luta pela Premier League e vê crescer a possibilidade de fazer uma temporada espetacular, mas terminar sem conquistas.

O fator de desequilíbrio, porém, foi mesmo um Messi elétrico, líder e decisivo. Em uma temporada que começa a ganhar traços de perfeição para o Barcelona e o maior jogador de sua história. A tríplice coroa, que pode ser a terceira em dez anos, nunca pareceu tão próxima.

(Estatísticas: UEFA)

 

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Barcelona em jogo grande é time de Piqué, não de Messi. Pior para o United http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/04/10/barcelona-em-jogo-grande-e-time-de-pique-nao-de-messi-pior-para-o-united/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/04/10/barcelona-em-jogo-grande-e-time-de-pique-nao-de-messi-pior-para-o-united/#respond Wed, 10 Apr 2019 21:09:50 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=6307 Aconteceu nos 3 a 0 sobre o Real Madrid na Copa do Rei e se repetiu no Old Trafford. Um Barcelona que usa a posse de bola para manter o adversário longe da própria área (terminou com 62%), mas sabendo usar duas linhas de quatro para se fechar e liberar Messi e Suárez.

A longa troca de passes foi útil também no belo gol coletivo do time catalão, o único na vitória sobre o Manchester United. Dois minutos e quinze segundos com a bola até Busquets lançar Messi que infiltrou pela esquerda e cruzou para Suárez testar, a bola bater em Luke Shaw e entrar, com a confirmação do VAR. A melhor ação ofensiva da equipe pragmática de Ernesto Valverde, que quase ampliou em chute de Philippe Coutinho que De Gea salvou.

Ainda desfalcado, os Red Devils de Solksjaer se organizaram inicialmente em um 5-3-2 com Ashley Young e Dalot nas alas e Shaw se juntando a Smalling e Lindelof na zaga. Depois do gol sofrido, o time da casa adiantou as linhas e colocou intensidade máxima, tentando fazer a bola passar rapidamente por Pogba e chegar a Rashford e Lukaku.

A resposta do Barça foi a frieza e a solidez para negar espaços, além da fase espetacular de Piqué, absoluto por cima e por  baixo. Compensando a lentidão de Rakitic e, principalmente, de Busquets nas transições, ofensiva e defensiva. Só recuperando força no meio com Vidal por dentro na vaga de Arthur e entregando mais vigor físico e Sergi Roberto no lugar de Coutinho, mas à direita dando maior sustentação a Nelson Semedo.

Messi não encontrou espaços às costas de McTominay e Fred, os substitutos de Matic e Herrera, mas procurou colaborar marcando e também na manutenção da posse em momentos importantes. A maior virtude do Barcelona, porém, foi a capacidade de fechar a entrada de sua área e, por consequência, não permitir finalizações com um mínimo de conforto para o adversário. Nenhuma no alvo de Ter Stegen e sete para fora.

A vitória fora de casa não garante a vaga nas semifinais, até pelo “milagre” do United no Parc des Princes nas oitavas contra o PSG. Mas é vantagem que encaminha a vaga. Porque o Barcelona no Camp Nou deve ser gelado mais uma vez e conta com camisa e experiência na Champions para vencer a “barreira” das quartas que já dura três temporadas.

O time de Piqué, mais que de Messi em jogo grande, nunca pareceu tão perto.

(Estatísticas: UEFA)

 

 

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Nem Messi, nem Salah. Terça da Champions ressalta importância da precisão http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/02/19/nem-messi-nem-salah-terca-da-champions-ressalta-importancia-da-precisao/ http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/2019/02/19/nem-messi-nem-salah-terca-da-champions-ressalta-importancia-da-precisao/#respond Tue, 19 Feb 2019 22:39:13 +0000 http://andrerocha.blogosfera.uol.com.br/?p=5966 Os saudosistas costumam afirmar que os jogadores do passado, se contassem com a bola leve e “sinuosa”, a qualidade dos gramados e do material dos uniformes e chuteiras, além das muitas câmeras para flagrar tudo que acontece no campo de hoje teriam se destacado ainda mais na tal “época áurea”.

Visão que seria mais digna de respeito se considerasse também o outro lado da evolução do esporte. Porque os goleiros de hoje são muito mais preparados e treinados e, com as informações circulando livremente pela internet, é possível analisar o desempenho de um jogador em um nível de detalhes sem precedentes – como conduz a bola, em qual canto costuma chutar de acordo com o lugar do campo em que finaliza e até a posição do corpo, para qual companheiro costuma passar com mais frequência, etc.

Em disputas de alto nível, como duelos de mata-mata de Liga dos Campeões, a dificuldade aumenta exponencialmente. Porque o estudo é mais apurado, o nível de concentração é altíssimo e a qualidade de jogadores e treinadores torna tudo ainda mais equilibrado.

A terça de Champions proporcionou duas grandes partidas de ida pelas oitavas de final: Liverpool contra Bayern de Munique em Anfield e Lyon recebendo o Barcelona na França.

Jogos abertos, com equipes tentando jogar dentro de seus planejamentos, considerando os contextos. Ou seja, o time bávaro, oscilante na temporada, com mais cuidados fora de casa e a equipe francesa, mesmo em seus domínios, respeitando demais o time de Messi e Suárez. Mas tentando jogar.

Sem Nabil Fékir, o Lyon formava duas linhas de quatro, mas cedendo espaços generosos demais. Especialmente para Messi, jogando com liberdade por dentro, já que Ernesto Valverde optou por Sergi Roberto no lugar do lesionado Arthur para atacar pela direita. Em alguns momentos havia um verdadeiro latifúndio entre a defesa e o meio do time da casa para o argentino, artilheiro da equipe na competição continental com seis gols.

Mas mesmo se sentido confortável, Messi não conseguiu desequilibrar. Porque não apresentou sua maior virtude: a precisão. Nas finalizações e nos passes decisivos. Com bola parada ou rolando. Muitos erros técnicos, alguns induzidos pelo bom trabalho dos defensores da última linha do Lyon, formada por Dubois, Marcelo, Denayer e Mendy. No confronto direto ou nas coberturas. Uma atenuante para o desempenho decepcionante do Barcelona e de sua estrela máxima.

Foram 16 finalizações do time catalão. Apenas cinco no alvo. Já o Lyon concluiu quatro, metade no alvo. Teve a chance da vitória em contragolpe no primeiro tempo, mas Dembelé também cometeu erro técnico e adiantou, permitindo a saída de Ter Stegen. Não era noite para gols na França.

Nem em Liverpool. Também porque o Bayern foi mais um time a se cuidar contra o trio Salah-Firmino-Mané, de novo escalado num 4-3-3, sem o “quarto elemento” que muda o sistema para o 4-2-3-1 com o recuo de Firmino. Com os laterais Kimmich e Alaba sem apoiar tanto, ajudando os zagueiros Süle e Hummels e também o volante Javi Martínez a negar os espaços que costumam ser atacados pelos destaques da equipe de Jurgen Klopp. Repetindo o que fez o PSG em Paris na fase de grupos.

Com menos oportunidades a eficiência seria fundamental. Mas Mané, que teve três chances ao longo da partida, também falhou no toque final. Salah também foi bem vigiado e pecou quando a chance apareceu. Do lado do Bayern, Coman, o ponteiro esquerdo do 4-1-4-1 bávaro, teve liberdade para finalizar na chance mais cristalina dos visitantes depois do vacilo de Alisson na circulação da bola com os pés, mas foi outro a errar na conclusão. Lewandowski, artilheiro do torneio com oito gols, tocou pouco na bola.

Vinte finalizações no total. 13 dos Reds, sete dos alemães. Mas apenas três no alvo em 90 minutos. A marcação forte, bem planejada e executada com concentração pode explicar as dificuldades dos atacantes, mas um aproveitamento de menos de 20% não deixa de ser decepcionante.

É inegável que o jogo evoluiu, mas continua sendo, na essência, de bola na rede. Os dois confrontos seguem em aberto, especialmente pelo gol “qualificado” que pode mudar tudo nas partidas de volta em Munique e Barcelona. A esperança de quem aprecia bom futebol é de que a intensidade e o nível técnico continuem altos, mas com mais correção no complemento das jogadas. Que a noite atípica na Europa não se repita.

(Estatísticas: UEFA)

 

 

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